A variação geográfica é uma das mais discutidas no âmbito social e educacional.
Isso dá-se pelas variações de uma região para outra dentro de um mesmo país que fala uma mesma língua.
A Língua Portuguesa por exemplo mostra diferenças de fala e escrita em Portugal e no Brasil, e mesmo dentro de Portugal e no Brasil temos regiões que apresentam marcas específicas, principalmente na fala.é como chamamos de (regionalismos,dialetos ou falares locais);essas diferenças se mostram mais claramente na pronúncia das palavras, nas construções sintáticas, nos significados dos determinadas expressões e no léxico.
A pronúncia é logo identificada pelos falantes como identidade cultural, ou seja, da localização daquele falante na área geográfica.
Paulista, carioca, gaúcho, baiano. pernambucano, cearense... todos com sua identidade.
A variação geográfica é claramente identificada ,no mais, é a marca registrada de cada um.
Chamamos de" sotaque", ao som emitido pela voz do falante e que em muitos casos é sinal de preconceitos; esse tipo de variação difere das outras ,porque representa fatos sociais de uma determinada região e é interiorizada por todos os falantes, já que a sua aprendizagem ocorre, na maioria das vezes, no ambiente familiar e permanece como marca de identidade do grupo social.
Obs: Entretanto, os limites de uma comunidade lingüística não deve ser confundidos com os limites políticos de um Estado, região ou país(comportam-se como traços que identificam as comunidades e grupos; são fatos históricos e sociais).
Em muitos textos ,por exemplo, encontramos riquezas vocabulares maravilhosas e que dão significados a obra.
- bandas populares
- literatura de cordel, poema, poesias. contos, novelas de época...
Gosto muito da linguagem e seus atributos, e claro não poderia esquecer-me de citar '' a grande voz do sertão, PATATIVA DO ASSARÉ ( Antônio Gonçalves da Silva), nosso considerado representante da poesia nordestina.
Seus textos representam a fala cabocla, o linguajar da gente sertaneja com toda beleza de sua variedade.
Para quem gosta e aprecia eis aqui um trecho:
Dêrne que eu saí de casa
Nunca mais comi pirão
Mexido em prato de barro,
Como se faz no sertão.
Eu por aqui me aprumo,
Eu morro e não me acostumo
Com comida de pensão,
Que por mais que eu faça e escôia,
Só vejo fôia ,
E eu não sou lagarta ,não!
(...)
Deus é grande ,é poderoso,
É o mestre da santa paz,
Fez tantas coisa no mundo
Que os home morre e não faz,
Peleja, mas nem imita,
E o má é das mais bonita,
Das beleza que Deus fez,
Se eu não morrê brevemente,
Eu vorto cá novamente,
Pra vê o mar ôta vez...
( ASSARÉ, PATATIVA DO.Vou vortá.Cante lá que eu canto cá.Petrópolis: vozes, 1978)
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