quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Artigo

Artigo:

Precede o substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de concordância. Assim, qualquer expressão ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O ‘conhece-te a ti mesmo’ é conselho sábio). Em certos casos, serve para assinalar gênero e número (o/a colega, o/os ônibus).
Os artigos podem ser classificado em:
  • definido – o, a, os, as – um ser claramente determinado entre outros da mesma espécie;
  • indefinido – um, uma, uns, umas – um ser qualquer entre outros de mesma espécie;
Podem aparecer combinados com preposições (numa, do, à, entre outros).
Quanto ao emprego do artigo:
  • não é obrigatório seu uso diante da maioria dos substantivos, podendo ser substituído por outra palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este rapaz / Lera numa revista que mulher fica mais gripada que homem). Nesse sentido, convém omitir o uso do artigo em provérbios e máximas para manter o sentido generalizante (Tempo é dinheiro / Dedico esse poema a homem ou a mulher?);
  • não se deve usar artigo depois de cujo e suas flexões;
  • outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; caso contrário, dispensa-o (Fiquem dois aqui; os outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; outros conversavam);
  • não se usa artigo diante de expressões de tratamento iniciadas por possessivos, além das formas abreviadas frei, dom, são, expressões de origem estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror ou sóror;
  • é obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a que se refere (ambos os cônjuges);
  • diante do possessivo (função de adjetivo) o uso é facultativo; mas se o pronome for substantivo, torna-se obrigatório (os [seus] planos foram descobertos, mas os meus ainda estão em segredo);
  • omite-se o artigo definido antes de nomes de parentesco precedidos de possessivo (A moça deixou a casa a sua tia);
  • antes de nomes próprios personativos, não se deve utilizar artigo. O seu uso denota familiaridade, por isso é geralmente usado antes de apelidos. Os antropônimos são determinados pelo artigo se usados no plural (os Maias, Os Homeros);
  • geralmente dispensado depois de cheirar a, saber a (= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim / isto sabe a vinho);
  • não se usa artigo diante das palavras casa (= lar, moradia), terra (= chão firme) e palácio a menos que essas palavras sejam especificadas (venho de casa / venho da casa paterna);
  • na expressão uma hora, significando a primeira hora, o emprego é facultativo (era perto de / da uma hora). Se for indicar hora exata, à uma hora (como qualquer expressão adverbial feminina);
  • diante de alguns nomes de cidade não se usa artigo, a não ser que venham modificados por adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva (Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas);
  • usa-se artigo definido antes dos nomes de estados brasileiros. Como não se usa artigo nas denominações geográficas formadas por nomes ou adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE;
  • expressões com palavras repetidas repelem artigo (gota a gota / face a face);
  • não se combina com preposição o artigo que faz parte de nomes de jornais, revistas e obras literárias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li em Os Lusíadas / Está na hora de a onça beber água);
  • depois de todo, emprega-se o artigo para conferir idéia de totalidade (Toda a sociedade poderá participar / toda a cidade ≠ toda cidade). “Todos” exige artigo a não ser que seja substituído por outro determinante (todos os familiares / todos estes familiares);
  • repete-se artigo: a) nas oposições entre pessoas e coisas (o rico e o pobre) / b) na qualificação antonímica do mesmo substantivo (o bom e o mau ladrão) / c) na distinção de gênero e número (o patrão e os operários / o genro e a nora);
  • não se repete artigo: a) quando há sinonímia indicada pela explicativa ou (a botânica ou fitologia) / b) quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo (a clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos nos abalou).

Numeral

Numeral:

Numeral é a palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda há os numerais coletivos (dúzia, par).
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já se estiverem substituindo um substantivo e designando seres, terão valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. (valor substantivo)].
Quanto ao emprego:
  • os ordinais como último, penúltimo, antepenúltimo, respectivos… não possuem cardinais correspondentes.
  • os fracionários têm como forma própria meio, metade e terço, todas as outras representações de divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da palavra avos (quarto, décimo, milésimo, quinze avos);
  • designando séculos, reis, papas e capítulos, utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir daí usam-se os cardinais. (Luís XIV – quatorze, Papa Paulo II – segundo);
Se o numeral vier antes do substantivo, será obrigatório o ordinal (XX Bienal – vigésima, IV Semana de Cultura – quarta);
  • zero e ambos(as) também são numerais cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso catorze e quatorze;
  • a forma milhar é masculina, portanto não existe “algumas milhares de pessoas” e sim alguns milhares de pessoas;
  • alguns numerais coletivos: grosa (doze dúzias), lustro (período de cinco anos), sesquicentenário (150 anos);
  • um: numeral ou artigo? Nestes casos, a distinção é feita pelo contexto.
Numeral indicando quantidade e artigo quando se opõe ao substantivo indicando-o de forma indefinida.
Quanto à flexão, varia em gênero e número:
  • variam em gênero:
Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva em relação ao substantivo.
  • variam em número:
Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os multiplicativos, quando têm função adjetiva; os fracionários, dependendo do cardinal que os antecede.
Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem por som vocálico (Tirei dois dez e três quatros).

Preposição

Preposição:

É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de subordinação entre o termo regente e o regido. São antepostos aos dependentes (objeto indireto, complemento nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide-se em:
  • essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;
  • acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem).
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, a par de, devido a.
Observa-se que a última palavra da locução prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a última palavra de uma locução adverbial nunca é preposição.
Quanto ao emprego, as preposições podem ser usadas em:
  • combinação: preposição + outra palavra sem perda fonética (ao/aos);
  • contração: preposição + outra palavra com perda fonética (na/àquela);
  • não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Está na hora de ele falar);
  • a preposição após, pode funcionar como advérbio (= atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.);
  • trás, atualmente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de).
Quanto à diferença entre pronome pessoal oblíquo, preposição e artigo, deve-se observar que a preposição liga dois termos, sendo invariável, enquanto o pronome oblíquo substitui um substantivo. Já o artigo antecede o substantivo, determinando-o.
As preposições podem estabelecer as seguintes relações: isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relações:
  • autoria - música de Caetano
  • lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa
  • tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma hora, viajei durante as férias
  • modo ou conformidade - chegar aos gritos, votar em branco
  • causa - tremer de frio, preso por vadiagem
  • assunto - falar sobre política
  • fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar
  • instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a faca
  • companhia - sair com amigos / meio – voltar a cavalo, viajar de ônibus
  • matéria - anel de prata, pão com farinha
  • posse - carro de João
  • oposição - Flamengo contra Fluminense
  • conteúdo - copo de (com) vinho
  • preço - vender a (por) R$ 300, 00
  • origem - descender de família humilde
  • especialidade - formou-se em Medicina
  • destino ou direção - ir a Roma, olhe para frente.

Advérbio

Advérbio:

É a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do próprio advérbio (intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstância que determina sua classificação:
  • lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures;
  • tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda;
  • modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente;
  • negação: não, qual nada, tampouco, absolutamente;
  • dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente;
  • intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão;
  • afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificação variável) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas como advérbios interrogativos (queria saber onde todos dormirão / quando se realizou o concurso).
Onde, quando, como, se empregados com antecedente em orações adjetivas são advérbios relativos (estava naquela rua onde passavam os ônibus / ele chegou na hora quando ela ia falar / não sei o modo como ele foi tratado aqui).
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo – à direita, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, em mão (em vez de “em mãos”) etc. São classificadas, também, em função da circunstância que expressam.
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar variações de grau comparativo ou superlativo.
Comparativo:
igualdade – tão + advérbio + quanto
superioridade – mais + advérbio + (do) que
inferioridade – menos + advérbio + (do) que
Superlativo:
sintético – advérbio + sufixo (-íssimo)
analítico – muito + advérbio.
Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).
Quanto ao emprego:
  • três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos por em algum, em outro e em nenhum lugar;
  • na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor superlativo absoluto sintético (cedinho / pertinho). A repetição de um mesmo advérbio também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo);
  • quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou rápida e pausadamente);
  • muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável) ou pronome indefinido (variável – determina substantivo);
  • otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente;
  • adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).
As palavras denotativas são séries de palavras que se assemelham ao advérbio. A Norma Gramatical Brasileira considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em função da idéia que expressam:
  • adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais);
  • afastamento: embora (Foi embora daqui);
  • afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano);
  • aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé);
  • designação: eis (Eis nosso carro novo);
  • exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc. (Todos saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real);
  • explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos);
  • inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água);
  • limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa);
  • realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?);
  • retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro);
  • situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?).


Interjeição

Interjeição:

São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto emocional. Podem expressar:

  • alegria - ah!, oh!, oba!
  • advertência - cuidado!, atenção
  • afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!
  • alívio - ufa!, arre!
  • animação - coragem!, avante!, eia!
  • aplauso - bravo!, bis!, mais um!
  • chamamento - alô!, olá!, psit!
  • desejo - oxalá!, tomara! / dor – ai!, ui!
  • espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!
  • impaciência - hum!, hem!
  • silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!

São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo!

Conjunção

Conjunção: É a palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:

Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos:
  • aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda;
  • adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não obstante, apesar disso;
  • alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou … ou, ora … ora, quer … quer;
  • conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;
  • explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.
Subordinativas – ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez tipos:
  • causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que;
Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
  • comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;
  • condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos que;
  • consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. – indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;
  • conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como;
  • concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;
  • temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que;
  • finais - a fim de que, para que, que;
  • proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);
  • integrantes - que, se.
As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas, enquanto as demais iniciam orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes a função de interligar orações é desempenhada por locuções conjuntivas, advérbios ou pronomes.

Verbo:

É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação, estado ou fenômeno da natureza.
Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se criar três paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
  • regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
  • irregulares: não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão);
Entre os verbos irregulares, destacam-se os anômalos que apresentam profundas irregularidades. São classificados como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser e ir.
  • defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir – no presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibilidade de confusão com outros verbos;
  • abundantes – apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais freqüente no particípio, devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso – tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);
  • auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação. Presentes nos tempos compostos e locuções verbais;
  • certos verbos possuem pronomes pessoais átonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses casos, o pronome não tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);
  • formas rizotônicas (tonicidade no radical – eu canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical – nós cantaríamos).
Quanto à flexão verbal, temos:
  • número: singular ou plural;
  • pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;
  • tempo: referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro). O modo imperativo só tem um tempo, o presente;
  • voz: ativa, passiva e reflexiva;
  • modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertência ou pedido).
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particípio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime.
Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores:
  • presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
  • presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala;
  • pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
  • pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era uma ação costumeira no passado;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não concluída no passado;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
  • futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
  • futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um momento passado;
  • futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;
Quanto à formação dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos (presente e pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados:
São derivados do presente do indicativo:
  • pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) + Desinência número pessoal (DNP);
  • presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) + DNP;
Os verbos em -ear têm duplo “e” em vez de “ei” na 1ª pessoa do plural (passeio, mas passeemos).
  • imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª pessoas vêm do presente do indicativo sem S, as demais também vêm do presente do subjuntivo).
São derivados do pretérito perfeito do indicativo:
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA do perfeito + RA + DNP;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito + SSE + DNP;
  • futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + DNP.
  • São derivados do infinitivo impessoal:
  • futuro do presente do indicativo: TEMA do infinitivo + RA + DNP;
  • futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA + DNP;
  • infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-ES – 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM)
  • gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO;
  • particípio regular: infinitivo impessoal sem vogal temática (VT) e R + ADO (1ª conjugação) ou IDO (2ª e 3ª conjugação).
Quanto à formação, os tempos compostos da voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou HAVER + particípio do verbo que se quer conjugar, dito principal.
No modo Indicativo, os tempos compostos são formados da seguinte maneira:
  • pretérito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal (VP) [Tenho falado];
  • pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Tinha falado);
  • futuro do presente: futuro do presente do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei falado);
  • futuro do pretérito: futuro do pretérito indicativo do auxiliar + particípio do VP (Teria falado).
No modo Subjuntivo a formação se dá da seguinte maneira:
  • pretérito perfeito: presente do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tenha falado);
  • pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse falado);
  • futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tiver falado).
Quanto às formas nominais, elas são formadas da seguinte maneira:
  • infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado / Teres falado);
  • gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio do VP (Tendo falado).
O modo subjuntivo apresenta três pretéritos, sendo o imperfeito na forma simples e o perfeito e o mais-que-perfeito nas formas compostas. Não há presente composto nem pretérito imperfeito composto
Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz:
  • ativa: sujeito é agente da ação verbal;
  • passiva: sujeito é paciente da ação verbal;
A voz passiva pode ser analítica ou sintética:
  • analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo principal;
  • sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE (partícula apassivadora);
  • reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação verbal. Também pode ser recíproca ao mesmo tempo (acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em função da pessoa do verbo);
Na transformação da voz ativa na passiva, a variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na maioria das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho – O trabalho foi feito por ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O vento ia levando as folhas – As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo principal).
Alguns verbos da língua portuguesa apresentam problemas de conjugação. A seguir temos uma lista, seguida de comentários sobre essas dificuldades de conjugação.
  • Abolir (defectivo) – não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, por isso não possui presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)
  • Acudir (alternância vocálica o/u) – presente do indicativo – acudo, acodes… e pretérito perfeito do indicativo – com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (defectivo) – só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no presente do indicativo
  • Aderir (alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – adiro, adere… (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)
  • Agir (acomodação gráfica g/j) – presente do indicativo – ajo, ages… (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir)
  • Agredir (alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) – presente do indicativo – águo, águas…, – pretérito perfeito do indicativo – agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar)
  • Aprazer (irregular) – presente do indicativo – aprazo, aprazes, apraz… / pretérito perfeito do indicativo – aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram
  • Argüir (irregular com alternância vocálica o/u) – presente do indicativo – arguo (ú), argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem – pretérito perfeito – argüi, argüiste… (com trema)
  • Atrair (irregular) – presente do indicativo – atraio, atrais… / pretérito perfeito – atraí, atraíste… (= abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)
  • Atribuir (irregular) – presente do indicativo – atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem – pretérito perfeito – atribuí, atribuíste, atribuiu… (= afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, usufruir)
  • Averiguar (alternância vocálica o/u) – presente do indicativo – averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú) – pretérito perfeito – averigüei, averiguaste… – presente do subjuntivo – averigúe, averigúes, averigúe… (= apaziguar)
  • Cear (irregular) – presente do indicativo – ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam – pretérito perfeito indicativo – ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear, passear… – alguns apresentam pronúncia aberta: estréio, estréia…)
  • Coar (irregular) – presente do indicativo – côo, côas, côa, coamos, coais, coam – pretérito perfeito – coei, coaste, coou… (= abençoar, magoar, perdoar) / Comerciar (regular) – presente do indicativo – comercio, comercias… – pretérito perfeito – comerciei… (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)
  • Compelir (alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – compilo, compeles… – pretérito perfeito indicativo – compeli, compeliste…
  • Compilar (regular) – presente do indicativo – compilo, compilas, compila… – pretérito perfeito indicativo – compilei, compilaste…
  • Construir (irregular e abundante) – presente do indicativo – construo, constróis (ou construis), constrói (ou construi), construímos, construís, constroem (ou construem) – pretérito perfeito indicativo – construí, construíste…
  • Crer (irregular) – presente do indicativo – creio, crês, crê, cremos, credes, crêem – pretérito perfeito indicativo – cri, creste, creu, cremos, crestes, creram – imperfeito indicativo – cria, crias, cria, críamos, críeis, criam
  • Falir (defectivo) – presente do indicativo – falimos, falis – pretérito perfeito indicativo – fali, faliste… (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)
  • Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem – pretérito perfeito indicativo – frigi, frigiste…
  • Ir (irregular) – presente do indicativo – vou, vais, vai, vamos, ides, vão – pretérito perfeito indicativo – fui, foste… – presente subjuntivo – vá, vás, vá, vamos, vades, vão
  • Jazer (irregular) – presente do indicativo – jazo, jazes… – pretérito perfeito indicativo – jazi, jazeste, jazeu…
  • Mobiliar (irregular) – presente do indicativo – mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam – pretérito perfeito indicativo – mobiliei, mobiliaste… / Obstar (regular) – presente do indicativo – obsto, obstas… – pretérito perfeito indicativo – obstei, obstaste…
  • Pedir (irregular) – presente do indicativo – peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem – pretérito perfeito indicativo – pedi, pediste… (= despedir, expedir, medir) / Polir (alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem – pretérito perfeito indicativo – poli, poliste…
  • Precaver-se (defectivo e pronominal) – presente do indicativo – precavemo-nos, precaveis-vos – pretérito perfeito indicativo – precavi-me, precaveste-te… / Prover (irregular) – presente do indicativo – provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem – pretérito perfeito indicativo – provi, proveste, proveu… / Reaver (defectivo) – presente do indicativo – reavemos, reaveis – pretérito perfeito indicativo – reouve, reouveste, reouve… (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v)
  • Remir (defectivo) – presente do indicativo – remimos, remis – pretérito perfeito indicativo – remi, remiste…
  • Requerer (irregular) – presente do indicativo – requeiro, requeres… – pretérito perfeito indicativo – requeri, requereste, requereu… (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo regular)
  • Rir (irregular) – presente do indicativo – rio, rir, ri, rimos, rides, riem – pretérito perfeito indicativo – ri, riste… (= sorrir)
  • Saudar (alternância vocálica) – presente do indicativo – saúdo, saúdas… – pretérito perfeito indicativo – saudei, saudaste…
  • Suar (regular) – presente do indicativo – suo, suas, sua… – pretérito perfeito indicativo – suei, suaste, sou… (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar)
  • Valer (irregular) – presente do indicativo – valho, vales, vale… – pretérito perfeito indicativo – vali, valeste, valeu…
Também merecem atenção os seguintes verbos irregulares:
  • Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, persignar-se, precaver-se
Caber
  • presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem;
  • presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam;
  • pretérito perfeito do indicativo: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem;
  • futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem.
Dar
  • presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, dais, dão;
  • presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis, dêem;
  • pretérito perfeito do indicativo: dei, deste, deu, demos, destes, deram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem;
  • futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Dizer
  • presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem;
  • presente do subjuntivo: diga, digas, diga, digamos, digais, digam;
  • pretérito perfeito do indicativo: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram;
  • futuro do presente: direi, dirás, dirá, etc.;
  • futuro do pretérito: diria, dirias, diria, etc.;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissessem;
  • futuro do subjuntivo: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem;
Seguem esse modelo os derivados bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.
Os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: dito, bendito, contradito, etc.
Estar
  • presente do indicativo: estou, estás, está, estamos, estais, estão;
  • presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam;
  • pretérito perfeito do indicativo: estive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis, estiveram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: estivesse, estivesses, estivesse, estivéssemos, estivésseis, estivessem;
  • futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem;
Fazer
  • presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem;
  • presente do subjuntivo: faça, faças, faça, façamos, façais, façam;
  • pretérito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem;
  • futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.
Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e satisfazer.
Os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc.
Haver
  • presente do indicativo: hei, hás, há, havemos, haveis, hão;
  • presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam;
  • pretérito perfeito do indicativo: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, houvessem;
  • futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem.
Ir
  • presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vão;
  • presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades, vão;
  • pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam;
  • pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;
  • futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.
Poder
  • presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem;
  • presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais, possam;
  • pretérito perfeito do indicativo: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem;
  • futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.
Pôr
  • presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem;
  • presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;
  • pretérito imperfeito do indicativo: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham;
  • pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem;
  • futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.
Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor são alguns deles.
Querer
  • presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem;
  • presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram;
  • pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem;
  • futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem;
Saber
  • presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem;
  • presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam;
  • pretérito perfeito do indicativo: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soubessem;
  • futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem.
Ser
  • presente do indicativo: sou, és, é, somos, sois, são;
  • presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam;
  • pretérito imperfeito do indicativo: era, eras, era, éramos, éreis, eram;
  • pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;
  • futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.
As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós).
Ter
  • presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm;
  • presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham;
  • pretérito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;
  • pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;
  • futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.
Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
Trazer
  • presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem;
  • presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam;
  • pretérito perfeito do indicativo: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram;
  • futuro do presente: trarei, trarás, trará, etc.;
  • futuro do pretérito: traria, trarias, traria, etc.;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem;
  • futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem.
Ver
  • presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem;
  • presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam;
  • pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;
  • futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o modelo acima apenas no presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais tempos, comporta-se como um verbo regular da segunda conjugação.
Vir
  • presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm;
  • presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham;
  • pretérito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham;
  • pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram;
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram;
  • pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem;
  • futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem;
  • particípio e gerúndio: vindo.
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem definidas.
O impessoal é usado em sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o pessoal refere-se às pessoas do discurso, dependendo do contexto. Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e ênfase.
Usa-se o impessoal:
  • sem referência a nenhum sujeito: É proibido fumar na sala;
  • nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua situação;
  • quando o infinitivo exerce função de complemento de adjetivos: É um problema fácil de solucionar;
  • quando o infinitivo possui valor de imperativo – Ele respondeu: “Marchar!”
Usa-se o pessoal:
  • quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal: Eu não te culpo por saíres daqui;
  • quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro responderes dessa maneira;
  • quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do plural): – Escutei baterem à porta.