quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Perissologia – Um “desvio” linguístico




Defeitos de um texto

O ato da escrita, na maioria das vezes, representa um estigma para muitos. Verdade é que se posicionar diante deste procedimento não é uma tarefa tão simples assim, uma vez que inúmeros fatores estão a ele correlacionados, ou seja, não é somente elencar ideias e transpô-las ao papel, mas também ter habilidade suficiente para que estas estejam dispostas de forma clara, precisa e coerente.

Tal afirmativa nos remete à noção dos requisitos que constituem a modalidade em foco, sobretudo no que diz respeito aos conhecimentos linguísticos que, de forma paulatina, o interlocutor, mediante sua prática como redator, vai aprimorando juntamente às habilidades necessárias à realização plena do exercício.

Indubitavelmente, em meio ao desenvolvimento destas habilidades, algumas falhas são passíveis de acontecer e, funcionando como verdadeiros entraves, estas acabam interferindo na qualidade textual. Sendo assim, o presente artigo pauta-se por enfatizar acerca de uma dessas falhas, visto que, por mais imperceptível que pareça, uma grande parte dos usuários são adeptos da mesma.

Referimos-nos, por excelência, à perissologia, ora concebida como um desvio linguístico, que, como tal, deve ser extinto o quanto antes de nossa convivência. Semelhantemente ao pleonasmo, a perissologia consiste no emprego de termos desnecessários, fazendo referência a um pensamento anteriormente expresso, contribuindo assim para a prolixidade do discurso.

Com base nesses pressupostos, vejamos alguns exemplos que ilustram a referida circunstância linguística:

* Planejar antecipadamente, visto que “planejar” já denota a ideia de algo previamente preparado.

* Principal protagonista da história, uma vez que “protagonista” já é alguém que se destaca entre os demais.

* Inaugurar um novo estabelecimento, uma vez que nunca inauguramos algo já existente.

* Fazer uma breve alocução, sendo que “alocução” já se refere a um breve discurso. 

Assim como esses, vários outros tendem a se manifestar. 

Diante de tais pressupostos, torna-se relevante mencionar que dentre os aspectos relacionados a uma boa produção, a releitura funciona como fator preponderante, posto que por meio dela essas “falhas” podem ser detectadas e, consequentemente, corrigidas.

Como evitar um texto prolixo

A prolixidade é um problema que compromete a escrita. Mas o que vem a ser um texto prolixo?

A tendência deste tipo de produção é abusar da escrita, da prorrogação desnecessária do discurso, é a superabundância de argumentos e de palavras. Isso não é bom, pois o texto fica confuso, monótono, entediante.

O escritor não sabe a hora de parar, de pontuar, tampouco consegue organizar as ideias de maneira concisa e clara.

É óbvio que não devemos omitir informações importantes ao leitor, fundamentais para a compreensão do assunto abordado. Mas a falta de objetividade ocasiona repetição de vocábulos e de ideias que, consequentemente, originam o texto prolixo.

Não enfatizamos aqui a quantidade, mas sim a qualidade textual!
É melhor discursar sobre um ponto específico de determinado tema, do que falar de todos e não concluir nenhuma das argumentações.

Para identificar se seu texto está prolixo, procure verificar se há: pequenas orações ou expressões que podem ser retiradas sem qualquer dano ao significado; explicações genéricas; repetição de termos, de mesmo conteúdo ou do pronome relativo que.

Veja alguns exemplos:

a) A vida na Terra poderia ser uma vida mais tranquila, uma vida mais pacífica e sossegada.

Observe a reprodução dispensável da palavra “vida”, bem como das informações (tranquila, pacífica e sossegada têm o mesmo sentido).

Seria melhor escrever: A vida na Terra poderia ser mais tranquila.

b) A importância da Mata Atlântica é inquestionável, precisamos dela para vivermos melhor, para respirarmos melhor, para nos alimentarmos melhor, afinal, ela é um dos pulmões da Terra e, portanto, é fundamental para nossa sobrevivência.

Nossa, quantas informações repetidas: “precisamos dela para vivermos melhor, para respirarmos melhor, para nos alimentarmos melhor” e “ela é um dos pulmões da Terra e, portanto, é fundamental para nossa sobrevivência.” têm o mesmo sentido. Além disso, é redundante dizer “vivermos melhor” junto à “para respirarmos melhor”, pois quem vive, também respira.

Seria melhor escrever: A importância da Mata Atlântica é inquestionável, afinal, ela é um dos pulmões da Terra e, portanto, é fundamental para nossa sobrevivência.

c) Este é o menino que sugeriu que seria melhor que fizéssemos um mutirão que abrangesse todo o setor, para que todos tivessem a oportunidade de contribuir.

O que não é o único pronome relativo que existe e estabelece coesão a um texto!

Prefira fazer substituições ou excluir o pronome quando possível: Este é o menino, o qual sugeriu que o mutirão fosse realizado em todo o setor. Pois dessa maneira, todos poderão ter a oportunidade de contribuir.

Veja mais!
Você não pode escrever da mesma maneira como fala!

A prolixidade gera textos confusos e monótonos!


O que é necessário para se escrever bem?


Você já deve ter lido muito sobre esse assunto: escrever bem. Afinal, o que é necessário para tirar um 10 em redação?

A resposta imperativa já está enfadonha de tão repetida: Leia!

É um mandato, uma ordem! Não...é um conselho, mas concordo que parece mais com um eco, que ressoa no ambiente e volta à mente por algumas vezes: leia...leia...leia...

Mas não tem jeito, ou melhor, tem sim, o jeito é ler!

Quando você lê, adquire vocabulário e, portanto, a escrita se torna mais fácil, pois terá mais opções de palavras ao escrever. Consequentemente, seu texto se tornará de fácil leitura, pois não terá termos ou idéias repetidas.

Também é importante que você escolha um tema que já tenha conhecimento prévio. Se refletirmos, esse fato se torna bastante óbvio, pois como você pode falar de um assunto que desconhece? Não há maneiras disso acontecer, será enfadonho, um “encher linguiça”, um “falar abobrinha” sem limites!

Portanto, selecione um assunto que tenha mais domínio, que você já tenha lido algo sobre, não confie que a “embromação” dará certo!


Em uma redação, se o tema geral for drogas, faça uma narração sobre uma garota que se viciou e teve um fim trágico, e não uma dissertação sobe a nova lei penal para traficantes, se você não sabe nada sobre isso.


Agora, caso seja impossível escolher o tema, como no caso do vestibular em que este é estipulado antes, opte por um gênero de produção textual que te dê mais segurança! Se para você é difícil inventar uma história com personagens, esqueça a narração! Se você acha complicado levantar fatos e usar de argumentos para sustentá-los, deixe a dissertação para outro momento. Agora, se você sabe os pronomes de tratamento que devem ser usados, a estrutura que deve se seguida, e a linguagem usada em uma carta ao presidente da república, então, mãos a obra!

Outra dica é pesquisar sobre os outros tipos de texto que vão além do trio dissertação-narração-carta, como: as derivações de carta (ao leitor, argumentativa, carta-resposta, comercial), memorando, fábula, ofício, ata, manifesto, diário, e assim por diante.

O Enem continua com a básica dissertação, mas os vestibulares, de modo geral, estão enfatizando as outras pluralidades textuais, como as citadas anteriormente. Portanto, pesquise também sites que disponibilizem as provas on-line!

Na maioria das vezes, sentimo-nos despreparados quando estamos diante de uma folha de papel em branco no propósito de fazer uma redação, não é mesmo?

As ideias não fluem, o tempo passa muito rapidamente, e quando percebemos... Lá se foi o tempo e não atingimos o objetivo almejado.
Então, é possível se familiarizar mais com a escrita lembrando-se da palavra texto. Ela, assim como muitas outras, origina-se do latim “textum”, que significa tecer, entrelaçar ideias, opiniões e pensamentos.

Mas existe uma fórmula mágica para se construir um bom texto?
A resposta é simples. Basta lembrarmos que toda escrita requer praticidade, conhecimento prévio do assunto abordado, e, sobretudo, técnicas, que constituem a performance de todo texto bem elaborado.

Para que um texto fique claro, objetivo e interessante, ele precisa realçar beleza, para que sua estética seja vista de maneira plausível.
Fazendo parte dessa estética estão os elementos que participam da construção textual; entre eles, a coesão e a coerência.

coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.
Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e outros. Como exemplo, verifique:

A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar. 

Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.

Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.
Estes são apenas alguns dos requisitos para a elaboração de um texto, e estas técnicas vão sendo apreendidas à medida que nos tornamos escritores assíduos.
Pratique! Esta é outra palavra-chave para quem deseja ser um bom escritor! É verdade, nada melhor do que praticar para aprimorarmos cada vez mais aquilo que aprendemos!

E, por fim, aqui vai outro eco que deve ressoar em seu pensamento depois de “leia”: Escreva!
Há semelhanças entre os dois: são motivacionais, mas dependem da pessoa para serem realizados!
E só há uma diferença: para o segundo você precisará de papel, lápis e borracha!
Bom trabalho!

Coesão e coerência - nuances que realçam a beleza do texto.

Para escrever bem é necessário treino!

Casos de ambiguidade

A condição de nos colocarmos como seres eminentemente sociais resulta do fato de a todo momento estarmos inseridos em situações de comunicação. Assim, cabe afirmar que essa interação somente se tornará efetivada se houver clareza e objetividade por parte de quem profere algo, pois caso contrário, seja por um motivo ou outro, haverá uma quebra de entendimento, fazendo com que as intenções definidas pela enunciação não sejam concretizadas. Assim afirmando, tais pressupostos se aplicam à modalidade oral, mas se aplicam ainda com mais efetividade em se tratando da modalidade escrita de linguagem, haja vista que esta carateriza aquelas situações consideradas formais.
Dessa forma, caro(a) usuário(a), pretendemos levar até você algumas considerações inerentes a um fator que, quando materializado, faz com que a mensagem não se apresente de forma assim tão clara, objetiva como deveria, haja vista que dá margens para o interlocutor se sentir questionado acerca das reais intenções a que se propôs o emissor ao proferir uma determinada expressão. Tal fator se demarca pela ambiguidade, aquela característica (concebida de forma negativa, obviamente) que confere ao discurso uma múltipla interpretação, materializada por alguns casos considerados pontuais. Por essa razão, vejamos alguns deles:

O vizinho espantado resolveu ver o que estava acontecendo àquela hora da noite.
Tal colocação nos dá margens para nos sentirmos questionados se o vizinho estar “espantado” é realmente uma característica do vizinho sempre, ou se ele se mostrou espantado num dado momento apenas. Dessa forma, retificando o enunciado, temos:
O vizinho, espantado, resolveu ver o que estava acontecendo àquela hora da noite.

O turista disse ao guia que era pernambucano.
Daí nos perguntamos acerca de quem era pernambucano: o guia ou o turista? De modo a retificar o enunciado, obtemos:
O turista disse que era pernambucano ao guia.

O supervisor de turma pegou o aluno correndo no pátio da escola.
Quem realmente estava correndo? O supervisor de turma ou o aluno? Dessa forma, de modo a retirar a dupla interpretação, temos:
O supervisor de turma pegou o aluno que corria no pátio da escola.

Beatriz e Paulo desejam noivar-se.
A má interpretação reside no fato de não conseguirmos identificar muito bem se Paulo deseja noivar-se com Beatriz ou se ambos desejam ficar noivos de pessoas distintas.  De modo a desfazermos esse mal entendido, obtemos:
Beatriz deseja noivar-se com Pedro,  e Paulo com Cristina.

Durante a viagem, saboreamos alimentos e bebidas cuja qualidade é inigualável.
Infere-se perguntar acerca de qual qualidade se apresenta  inigualável: das bebidas ou dos alimentos? Tornemos o discurso mais claro, portanto:
Durante a viagem, saboreamos  alimentos e bebidas, os quais possuem qualidade inigualável.


Produzir um texto não é tarefa fácil, pois existem inúmeras coisas que podem comprometer o mesmo de forma a dificultar o entendimento daqueles que estão lendo. Existem alguns erros que são rotineiramente cometidos em produção de textos como:

Pleonasmo: Também conhecido como redundância, consiste na utilização desnecessária ou repetida de idéias ou apenas palavras que comprometem o entendimento do texto. Pode ser empregado como vício de linguagem ou como figura de linguagem, porém ambos interferem na clareza do texto.

Ex. Vamos subir pra cima.
Estou cursando o curso de Engenharia.

Ambigüidade: Também conhecida como anfibologia, consiste no emprego de palavras que possuem duplicidade de sentido. É considerada vício de linguagem, pois pode ser utilizada de forma inconsciente, por descuido ou ainda de forma proposital. Normalmente acontece quando não existem vírgulas na frase ou quando são utilizadas palavras indevidas.

Ex. Venceu o Brasil a Argentina.
Onde está a cadela da sua irmã?

Cacofonia: Consiste na utilização de palavras que produzem sons desagradáveis ou ainda idéias pejorativas, obscenas e engraçadas.

Ex. Vou-me já.
Eu continuo a amar ela.
Ele pagou mil reais por cada bolsa.

Apesar de existirem vários outros empregos que dificultam a interpretação de um texto, esses são os que mais ocorrem.

É importante escrever com clareza e elegância.
Casos pontuais revelam que a ambiguidade prejudica a clareza da mensagem.

Coerência textual

A definição encontrada em um dicionário para coerência é:

Coerência: [s.f.] 1. qualidade, condição ou estado de coerente; 2. ligação, nexo ou harmonia entre dois fatos ou duas idéias; relação harmônica, conexão.
                                                                             Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.

O conceito de coerência refere-se ao nexo entre idéias, acontecimentos, circunstâncias.
A coerência textual é a relação existente entre as partes do texto, é o vínculo entre as idéias expostas nele, essa é responsável pela percepção de sentido.

Para julgarmos um texto coerente ou não devemos levar em consideração o contexto, pois esse determina a plena interpretação, deve-se levar em conta a intenção comunicativa, bem como os objetivos, destinatário e regras socioculturais.

A coerência está relacionada ao conteúdo veiculado em um texto.

Textualidade

Textualidade... Ao nos depararmos com essa palavra, logo nos remetemos à escrita que, por sua vez, requer determinadas habilidades por parte do emissor. Nesse sentido e, sobretudo, partindo do pressuposto de que independentemente de qualquer que seja a finalidade discursiva a que se presta um determinado texto, esse deve estar claro, preciso e objetivo para quem o lê – isso é a verdadeira textualidade.
Mas, atenção! Um texto se constitui de ideias, de argumentos firmados por parte de quem o escreve, concorda? Sim, fato indiscutível, contudo, somente elencá-las não é o suficiente, haja vista que precisam, antes de tudo, estar bem ordenadas, articuladas. Fato esse que somente se materializa se os parágrafos se apresentarem bem construídos, ordenados. Quando assim se apresentam, logo afirmamos que se trata de um texto que possui coesão, e se ela se faz evidente, afirmamos também que ele está coerente, pois ambos os aspectos “trilham” (ou pelo menos devem trilhar) juntos o mesmo caminho.
Partindo então de tais princípios, cabe ressaltar que essa articulação, uma vez manifestada, pode se dar tanto no nível das frases quanto no nível do próprio texto, por meio dos articuladores lógicos do texto e dos próprios conectivos.
Quando no nível das frases, a articulação se dá mediante o uso de pronomes, os quais fazem referência a elementos antes proferidos; bem como das conjunções, uma vez que essas estabelecem distintas relações entre as orações, podendo ser de causalidade, temporalidade, oposição, consequência, condição, conclusãoentre outros aspectos.
Manifestando-se no nível do texto, a articulação se caracteriza pela relação que se estabelece entre as partes maiores desse, como é o caso da introdução, desenvolvimento e conclusão. Dessa forma, atuando como casos representativos desse aspecto, eis algumas expressões notadamente expressas por “dessa forma”, “por outro lado”, “por exemplo”; sequências numéricas, tais como “primeiro”, “segundo”, “primeiramente”, “em segundo plano”, entre outras;conjunções de oposição, como, por exemplo, “não obstante”, “apesar de”, ente outras.

Caro (a) usuário (a), gostaríamos de fazer um questionamento a você: a palavra “textualidade” o (a) remete a alguma ideia? Independentemente da resposta conferida a tal indagação, elucidemos acerca desse importante aspecto – indispensável a qualquer produção textual. 

Compreenda que o sentido dessa palavra se encontra intimamente relacionado às características das quais necessita qualquer enunciação, haja vista que a mensagem, para ser materializada de forma plausível, precisa, antes de tudo, estar decifrável mediante os olhos do interlocutor. Partindo de tal princípio, eis que estudaremos esses elementos, tão importantes quanto necessários, de forma que a textualidade se faça presente, sempre. Assim, analisemos cada um deles de forma particular: 

Clareza da palavras – Tal requisito se mostra como algo indispensável a qualquer discurso, haja vista que a escolha que fizer delas implicará na qualidade da mensagem que produz. Dessa forma, não busque palavras difíceis, muitas vezes por você e pelo seu interlocutor desconhecidas. Tal atitude só comprometerá aquilo que pretende conquistar.

Expressividade – Todos os aspectos aqui firmados parecem se complementar mutuamente, pois a expressividade resulta na escolha bem feita que fizer das palavras. Sempre tendo em vista os critérios de coesão e coerência, os quais incidirão de forma direta na qualidade da mensagem que construir.

Ordem direta das palavras – Procure sempre fazer uso delas, ou seja, optando pelo uso do sujeito + predicado – complemento, quando houver, pois assim você será mais bem entendido (a).

Originalidade – Seja original o quanto puder, por isso nada de optar por frases desgastadas, rebuscamentos, pedantismos, falsas erudições que você mesmo (a) desconhece. Procure revelar sua mensagem de forma clara e objetiva, de modo a fazer com que o interlocutor compreenda perfeitamente aquilo que pretende dizer. Para tanto, utilize-se de uma linguagem simples, porém adequada ao padrão formal – requisito também essencial à modalidade escrita. O uso de termos técnicos, bem como de chavões e modismos, é uma atitude inadequada a um bom redator.
Não basta somente ter ideias, elas precisam estar bem articuladas, para que assim se materialize a textualidade.
Os elementos da textualidade representam um conjunto de aspectos que, uma vez manifestados, conferem clareza ao discurso.

Características do texto

Escrever, embora não seja agradável aos olhos de todas as pessoas, mesmo porque ‘generalizar’ seria um tanto quanto descabido, representa um ato social, haja vista a condição em que nos encontramos, como sendo seres eminentemente sociais, claro. Daí, apossando-nos dessa condição, eis que uma questão tende a ser relevante: se escrevemos, assim o fazemos para um interlocutor, ou seja, para o outro, e mais: se desejamos atingi-lo(a), é porque temos uma finalidade, um propósito.
Digamos então em alto e bom som, para que esse alguém, ora se encontrando do outro lado, compreenda-nos de forma efetiva, de algumas habilidades devemos dispor no instante em que estabelecemos a comunicação. Embora isso, para muitos, pareça ser complexo demais.
Entretanto, caro(a) usuário(a), não para você, que porventura também se enquadra nesse rol, haja vista que de forma criteriosa preparamos uma seção especialíssima, sim, especialíssima, somente para você que se mostra consciente de que independentemente de qual seja a circunstância comunicativa, seu discurso deve atender a alguns pontos norteadores, entre eles:
* Consegui ser claro(a) naquilo que pretendia dizer?
* Expressei-me de forma adequada, ou seja, propus-me a uma seleção criteriosa das palavras, cujos posicionamentos realmente fizeram com que eu atingisse meus objetivos?
* Mesmo falando em expressividade, será que minha linguagem se manifestou de forma simples? Simples não no sentido de fazer uso de coloquialismos, bem como de termos indevidos, tais como gírias, mas simples porque de uma forma precisa você conseguiu se posicionar de forma clara.
* Fui realmente original? Até porque, se usei da expressividade, brechas não se abririam para que a falta de originalidade resolvesse ocupar um “pontinha” de espaço. Apenas lembrando-se de que ser original significa ser claro(a) e preciso(a) sem usar de pedantismos vocabulares, sem “usufruir” de falsas erudições, pois não há nada mais constrangedor do que  falarmos e/ou escrevermos algum termo sem que nem mesmo nós saibamos o significado, concorda?
* A escolha das palavras se deu de forma correta? Nada de chavões, nada de lugares-comuns, modismos, enfim... Conseguiu ser elegante sem ser pedante, sem ser erudito ao extremo?
Ah... Acredite! Mais elegante ainda é você conferir acerca do que aqui se encontra preparado para você, cujo intuito é fazer com que disponibilize dessa e de outras habilidades para que seu discurso, realmente, seja dotado da textualidade de que tanto ele necessita.