segunda-feira, 16 de março de 2020

Significação de Vocábulos

"Perca" ou "Perda"?



As palavras "perca" e "perda" são parônimas, ou seja, possuem grafia e pronúncia semelhantes. Por esse motivo, há muita confusão quando empregadas. Entenda o significado de ambas:
Perca - é uma forma verbal, ou seja, flexão do verbo “perder”. Aparece na primeira e terceira pessoas do singular do presente do subjuntivo e na 3ª pessoa do singular do imperativo. Exemplos:
a) Não perca tempo! (3ª pessoa do singular do imperativo)
b) Não quero que ele perca essa vaga! (3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)
Perda - é um substantivo. Exemplos:
a) Espero que não haja perda de bagagens nesta companhia aérea.
b) Carolina está triste, pois a perda do pai a abalou muito.


domingo, 1 de março de 2020

FIGURAS E VÍCIOS DE LINGUAGEM

 Figuras e vícios de linguagem

As figuras de linguagem dividem-se em figuras de som, de pensamento (ideias) e das próprias palavras).
As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de som


a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Belos beijos bailavam bebendo breves brumas boreais” (Luan Farigotini)

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa)
c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias” (Padre António Vieira)

Figuras de construção


a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ela come pizza; eu, carne. (omissão de como)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores” (Osório Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
 silepse de gênero
Vossa Excelência está preocupado.

• silepse de número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• silepse de pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
“O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de Andrade) .

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal”
(Fernando Pessoa)

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer” (Camões)

Figuras de pensamento


a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
“Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Seu Jurandir partiu desta para uma melhor. (em vez de ele morreu)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estava morrendo de fome. (em vez de estava com muita fome)

e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
“Devagar as janelas olham…” (Carlos Drummond de Andrade)

f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
“O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo Bilac)

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Ó Leonor, não caias!”

Figuras de palavras


a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:
Sócrates tomou as mortes. (O efeito é a morte, a causa é o veneno).

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
O Rei do Futebol (em vez de Pelé)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
“Como era áspero o aroma daquela fruta exótica” (Giuliano Fratin)

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

  • ESTRUTURA DAS PALAVRAS  palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. Exemplos:  gatinho = gat + inh + o  Infelizmente = in + feliz + mente
  •   ELEMENTOS MÓRFICOS Os elementos mórficos são: 1. Radical; 2. Vogal temática; 3. Tema; 4. Desinência; 5. Afixo; 6. Vogais e consoantes de ligação. 

  • RADICAL O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros elementos. Exemplos:  pedra, pedreiro, pedrinha. 

  •  VOGAL TEMÁTICA VERBAL Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação a que o verbo pertence.  Exemplo: cantar, vender, parti r.  OBSERVAÇÃO:  Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.  Exemplo: parto (radical + desinência) 

  •  TEMA  É o radical com a presença da vogal temática.  Exemplo: choro, canta. 

  • DESINÊNCIAS  São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em: 

  •  DESINÊNCIAS NOMINAIS;  DESINÊNCIAS VERBAIS.  DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são a e o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência própria. Exemplo: gat + o Radical desinência nominal de gênero Gat + o + s Radical d.n.g d.n.n d.n.g » desinência nominal de gênero d.n.n » desinência nominal de número
  •  DESINÊNCIAS VERBAIS Indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos. Exemplo: cant + á + va + mos Radical v.t d.m.t d.n.p  v.t » vogal temática  d.m.t » desinência modo-temporal  d.n.p » desinência número-pessoal 
  • AFIXOS  São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser: 
  • PREFIXOS – quando colocado antes do radical;  
  • SUFIXOS – quando colocado depois do radical Exemplo: Pedrada. Inviável. Infelizmente 
  • VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO  São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras. Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura. 
  • PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS  Inicialmente observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas:  
  • PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras.  Exemplo: pedra, casa, paz, etc.  
  • PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes.  Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro).  
  • PALAVRAS SIMPLES – são aquelas que possuem apenas um radical. Exemplo: cidade, casa, pedra.
  •  PALAVRAS COMPOSTAS - são palavras que apresentam dois ou mais radicais. Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva. Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição. DERIVAÇÃO  É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras:
  1.  1. Prefixal; 2. Sufixal; 3. Parassintética; 4. Regressiva; 5. Imprópria. 
  • PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical. Exemplo: desfazer, inútil.  
  • SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo (NOMINAL OU VERBAL) a um radical. Exemplos:  Pedreiro  Livraria  Civilizar  
  •  PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical.  Exemplos: a + noit + ecer = ANOITECER PREFIXO RADICAL SUFIXO per + noit + ar. = PERNOITAR  OBSERVAÇÃO : Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.  
  • REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. Exemplos: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar) O debate foi longo. (do verbo debater)
  • IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere. Exemplo: O jantar estava ótimo
 COMPOSIÇÃO  É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas:  POR JUSTAPOSIÇÃO  POR AGLUTINAÇÃO.  

JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição. Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque)  

AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia. Exemplo: planalto (plano + alto)  Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e onomatopéia. 

ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO  É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta). 

HIBRIDISMO É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes. Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia –

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

Embora utilizemos as palavras como um todo significativo, elas são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Além disso, existem diferentes processos que contribuem para a formação das palavras.

Estrutura das palavras

As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos: 
  • radical e raiz;
  • vogal temática;
  • tema;
  • desinências;
  • afixos;
  • vogais e consoantes de ligação.
MorfemasCaracterizaçãoExemplos
Radical e raiz
Parte fundamental da
palavra, que define o seu
significado principal.
vender (vend- er)
venda (vend- a)
vendedor (vend- e dor)
Vogal temática
Aparece entre o radical e
uma desinência. 
As vogais temáticas verbais
definem a conjugação verbal.
As vogais temáticas nominais
atuam também como
desinência de gênero.
-a: estudar (1.ª conjugação)
-e: atender (2.ª conjugação)
-i: assumir (3.ª conjugação)
-a: casas (cas-a-s)
-o: carros (carr-o-s)
-e: pares (par-e-s)
Tema
É a junção do radical com
uma vogal temática.
Temas verbais:
estudar (estuda-r)
atender (atende-r)
assumir (assumi-r)
Temas nominais:
casas (casa-s)
carros (carro-s)
pares (pare-s)
Desinências
Indicam as flexões que uma
palavra pode apresentar:
em número;
em gênero;
em modo;
em tempo;
em número;
em pessoa.
-o = masculino
-a = feminino
-s = plural
-va = pretérito imperfeito do indicativo
-sse = pretérito imperfeito do subjuntivo
-mos = 1.ª pessoa do plural
-m = 3.ª pessoa do plural
Afixos
São prefixos e sufixos que se
juntam a uma palavra para
formar uma nova palavra.
Prefixos = antes do radical
Sufixos = depois do radical
Prefixos:
descontente (des- + contente)
impossível (im- + possível)
Sufixos:
cantar (canto + -ar)
somente (so + -mente)
Vogais e 
consoantes
de ligação
Estabelecem uma ligação
entre dois morfemas.
Ocorrem por razões fonéticas,
não apresentando valor significativo.
-i-: parisiense (Paris-i-ense)
-l-: chaleira (chá-l-eira)


Análise de morfemas

Avissássemos
aviss-á-sse-mos
aviss (radical)
á (vogal temática)
sse (desinência indicativa do modo e tempo verbal)
mos (desinência indicativa da pessoa e número verbal)

Separação de morfemas

Força
força (forç-a)
forçar (forç-a-r)
forçado (forç-a-do)
forcinha (forc-inh-a)
esforçar (es-forç-a-r)
esforçadamente (es-forç-a-da-mente)
Formação de palavras 
Existem diversos processos que possibilitam a formação de novas palavras. Os dois processos principais são a derivação e a composição.

Existem vários tipos de derivação e composição:
  • derivação prefixal;
  • derivação sufixal;
  • derivação parassintética;
  • derivação regressiva;
  • derivação imprópria;
  • composição por justaposição;
  • composição por aglutinação.
Processos de
formação
CaracterizaçãoExemplos 
Derivação
prefixal
Acrescenta-se um prefixo a
uma palavra já existente.
infiel (in- + fiel)
reaver (re- + haver)
antemão (ante- + mão)
Derivação
sufixal
Acrescenta-se um sufixo a
uma palavra já existente.
gentileza (gentil + -eza)
chatice (chato + -ice)
tapar (tapa + -ar)
Derivação
parassintética
Acrescenta-se um sufixo e um
prefixo a uma palavra já existente.
envernizar
(en- + verniz + -izar)
apodrecer
(a- + podre + -ecer)
engordar
(en- + gordo + -ar)
Derivação
regressiva
Ocorre a redução da palavra
primitiva.
amparo (de amparar)
sobra (de sobrar)
choro (de chorar)
Derivação
imprópria
Não há alteração da palavra
primitiva. Há mudança de significado e de
classe gramatical.
jovem (de adjetivo para substantivo)
saber (de verbo para substantivo)
Composição
por aglutinação
Há alteração das palavras
formadoras, que se fundem.
aguardente
(água + ardente)
vinagre (vinho + acre)
dessarte (dessa + arte)
Composição
por justaposição
Não há alteração das palavras
formadoras, que apenas se juntam.    
beija-flor
segunda-feira
paraquedas

Outros processos de formação de palavras

Além da derivação e da composição, existem outros processos secundários de formação de palavras:
  • abreviação (vídeo, de videocassete)
  • reduplicação (zum-zum)
  • combinação (showmício, de show + comício)
  • intensificação (culpabilizar, de culpar)
  • hibridismo (monóculo, do grego mono + o latim oculus)

MECANISMOS DE COESÃO

Mecanismos de coesão e coerência do texto


Coesão e Coerência Textual – O que é isso?
                     
Muito se ouve falar de Coesão Textual e de Coerência Textual. Mas afinal, o que é isso?
Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita a mensagem pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso. Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que é dito ou lido.
Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto.

  • Coesão Textual


Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:

Referências e  reiterações: este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.
Substituições lexicais: este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).
Conectores: estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.
Correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos.

  • Coerência Textual

Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:
“As ruas estão molhadas porque não choveu”

Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.
Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:
  • Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.
  • Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste n a repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando há repetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente.
  • Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

http://lattes.cnpq.br/8391279082912418

Possui graduação em LETRAS- LICENCIATURA PLENA pela FACE- Faculdade de Artes, Ciências e Tecnologias; fACULDADE DE CIÊNCIAS EDUCACIONAIS (2008) Registro da UFBA- UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa e literatura. Experiência docente em ministrar aulas na educação infantil, ensino fundamental I e II e médio.
 Participação docente no curso do governo Universidade para todos- UPT, sob a coordenadoria e administração da UNEB- UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA campus XV.
Atualmente ministra aulas de Língua Portuguesa e literatura no município de Joinville-SC.