domingo, 18 de março de 2012
FALAR É FÁCIL
… difícil é ter o que escrever.
Regras gramaticais são algo que se internaliza. Com uma boa escolarização, leitura e prática, escrever da maneira correta acaba ficando automático. Questões menores como se a maneira certa é excessão ou exceção são facilmente resolvidas com um corretor ortográfico ou um dicionário on line. Publicar está cada dia mais fácil por causa da internet; para ter um blog, basta se cadastrar ou comprar um domínio. Caso a pessoa prefira livros impressos, nem é preciso colocar a mão no bolso pra ter o seu livro numa editora virtual.
Os instrumentos estão todos aí, disponíveis. O difícil é fazer uso deles. Quem pretende escrever um livro logo percebe que é difícil preencher páginas e páginas no meio das suas uma ou duas idéias geniais. Quem tem um blog, se vê diante de algo que envelhece depressa, e um post bom precisa ser sucedido por outro post bom, e por outro, e outro… Por isso que em tantos lugares se fala de gerar conteúdo. Por mais que existam truques de SEO, temas polêmicos que geram audiência, divulgação em redes sociais e amigos a quem podemos apelar, o maior problema de quem escreve é criar algo seu.
Mais importante do que ter um lugar para publicar é ter o que publicar. É nesse momento que entram os 90% de transpiração, a pesquisa, a atualização constante. Depois de esgotados os momentos inspirados, as conclusões que você levou a vida inteira para chegar e o material inédito, o trabalho difícil começa. É nesse momento que cada um mostra a que veio. Quem veio para ficar, procura se enriquecer com mais informações, busca outras coisas para transmitir, critica seu próprio trabalho na esperança de se renovar, fica atento às coisas novas que a realidade pode lhe trazer. Quem não faz isso, por preguiça ou comodidade, perde cada vez mais em qualidade, até que não haja mais o que dizer. Ou até que não haja mais interesse no que ele tem a dizer.
O QUE FALAR? COMO ESCREVER?!
Isso mostra a importância de ter um vocabulário rico
Por isso a importância de prestar atenção no peso das palavras quando se escreve. Vejo muita gente se queixando de que fez um comentário inocente e foi mal interpretado ou bloqueado. Aí quando você lê o que a pessoa escreveu, ela usou expressões como “ridículo”, “besteira”, “absurdo”. Não dá para usar palavras fortes e querer que elas sejam interpretadas como inocentes, só porque foi você quem disse. O outro lado pode se basear apenas no que está escrito, ele não pode saber se foi dito com doçura ou não.
Só que isso não é tudo, talvez até este ponto tenha sido a parte mais fácil, ou menos difícil, pois é a partir daqui que começa a grande luta: encontrar um meio para a publicação. Digo “meio” porque hoje dispomos de algumas alternativas, mas o meu propósito é encontrar uma editora, nos moldes convencionais. É um longo caminho entre buscar por editoras, selecionar aquelas que se encaixe a linha editorial, estabelecer contato e enviar o original do tal do livro. Enviados os originais, só resta aguardar as respostas das editoras, quando vêm.
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Mas enfim, o negócio é aguentar firme e continuar a luta. Desistir? Jamais! “Água mole em pedra dura”, não é? Então, vamos que vamos…
PRÁTICA DE LEITURA
Você é um leitor competente?
Sabe buscar textos de acordo com seu horizonte de expectativas, selecionando obras a partir de suas preferências; Conhece locais em que os livros e demais materiais de leitura se encontram (bibliotecas, salas de leitura, livrarias, editoras, etc); Frequenta espaços de mediadores de leitura (lançamentos, exposições, palestras, encontros com escritores); - Identifica livros e outros materiais nas estantes, sabendo procurar o que lhe interessa;
- Localiza dados na obra (editora, local, data de publicação, prefácio, sumário, índice);
- Segue as pistas da leitura oferecidas pelo autor;
- Reconhece a estrutura da obra e preenche os vazios de acordo com a sua maturidade leitora e existencial;
- É capaz de dialogar com novos textos, posicionando-se criticamente diante deles;
- Troca impressões e informações com outros leitores;
- Integra-se em grupos de leitores e se expressa em diferentes linguagens o que leu;
- Conhece e se posiciona diante da crítica de livros lidos;
- É receptivo a novos textos, alargando seu gosto pela leitura e seu leque de preferências;
- Amplia seu horizonte de expectativas por meio de leitura desafiadora; têm consciência do seu crescimento como leitor e como ser humano, propiciado pela leitura.
LEITURA E REFLEXÃO
Cada leitor é único. No entanto, nos momentos iniciais da leitura há certos pontos comuns de observação. Esses marcos abaixo não são taxativos, isso vai depender de muitos fatores sociais, comportamentais, culturais, familiares, neurológicos que cada indivíduo vivencia e irá reproduzir, de uma maneira ou de outra, na prática da leitura.
Historicamente, é a partir, dos anos 50 e 60, que a criança se converte em protagonista dos livros infantisorre a adaptação psicológica ao papel de leitor – identificação. Os temas de interesse giram em torno de aventuras protagonizadas por um bando, explicada pela busca de enquadramento em um grupo.
Faça um teste!
Pesquise mais em
SOBRINO, Javier García (org.), et. al. A criança o livro: A aventura de ler, Portugal: Porto Editora, 2000.
6 a 8 anos
- Pensamento intuitivo, pré-lógico;
- Relação com o livro de animismo (animismo, em breves palavras, é um conceito antropológico que reproduz a relação dos seres com algo já existente. Esse objeto representa algo mítico, de origem religiosa, inexplicável racionalmente);
Extensão da experiência da vida; - Adequação imagem-texto, de acordo com o progressivo desenvolvimento da criança;
- Passagem da fase animista para a fase da fantasia;
- Não se deve sobrecarregar a criança, pois para ela é um momento de grande esforço com o aprendizado da leitura;
- É bom que haja presença sempre marcante de humor.
8 a 10 anos
- Livros ligados à experiência de vida da criança (maior autonomia, ela começa a integrar outros grupos);
- Linguagem deve ser objetiva, sem falsas retóricas, floreios ocos;
- Preferência por ação;
Ilustrações devem instigar a criança a continuar; Necessidade de determinar um tempo para a criança continuar a ler; - Pais podem acompanhar os filhos em visitas à Biblioteca Pública ou à livraria;
- Manuseio de livros de consulta a partir dessa idade;
- Temas relacionados à natureza ganham interesse;
- Momento bom para apresentar outros gêneros como o teatro.
10 a 12 anos
- Momento de ocorrência de transformações fisiológicas;
- Aparecimento de pensamento hipotético-dedutivo;
- Surgimento de crítica e autocrítica;
- Temas de preferência: aventura, humor, mundo dos animais, mistério;
- Cria afinidade com autores;
- Necessidade de maior solidão (mudanças fisiológicas, orgânicas e comportamentais).
A partir dos 13 anos
- É comum ocorrer um certo abandono;
- Há um processo de evolução da personalidade;
- A precipitação dos professores em literatura para essas idades, com relação aos clássicos, pode resultar negativamente.
- Temas giram em torno de: problemática social, confronto entre grupos étnicos ou sociais diferentes, guerras, violência, situações de marginalidade, abandono.
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Pesquise mais em
SOBRINO, Javier García (org.), et. al. A criança o livro: A aventura de ler, Portugal: Porto Editora, 2000.
sábado, 10 de março de 2012
MINHA TERRA NATAL
Minha terra querida,
É o lugar onde cresci
Estes versos tem temores
Coisas que lembro, já não estão mais aqui.
Lembranças vãs, amores perdidos;
Esquecidos no além de minha eterna lucidez.
Quero estar presente, consciente;
Para algum dia aqui voltar.
Relembrar, recordar.
Reencontrar o que perdi.
Refazer, construir, recomeçar.
Este é o meu lugar,
O lugar onde cresci;
O lugar onde vivi;
O lugar onde aprendi;
Tu és minha rocha, meu porto seguro,
És minha referência, és para sempre minha ITIRUÇU.
ANNA ISABELLA DE ARAUJO
Pensadores
Meus Poemas
Pensadores
Oh! Pensadores, indagam sem pensar,
Clamam, bramam sem exitar
Oh! Pensadores, que nos faz chorar
Lembra-nos como é errante amar.
Foge constante dessa dor, que no peito vibra sem parar;
Ah! Quero agora confessar,
Meus anseios ausentes, que me faz lembrar.
Quero agora amado contigo estar.
Estar perto, estar longe,
Quero contigo estar.
Oh! Pensadores que me faz pensar,
Pensamentos loucos, absurdos...
Tira de mim essa loucura, esse devaneio de amar.
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