A internet nos oferece tantas oportunidades, tanta gente escrevendo sobre tantos assuntos, que cada um se vê na vontade de publicar algo também. A pessoa que sempre cozinhou para os amigos e descobre um site de culinária de sucesso acaba pensando ” por que não? Se ele pode eu também posso”. Acho muito saudável e todos têm direito a isso. Só que outra característica da internet é a de eternizar tudo o que dizemos. Tudo o que foi publicado pode ser resgatado, sempre há a possiblidade de se responder por algo escrito há muitos anos. Por isso acredito que, antes de publicar, é preciso filtrar o conteúdo. Lançar algo imaturo para a publicação pode ser mais prejudicial do que benéfico ao autor. É melhor esperar do que projetar uma imagem negativa. É melhor se abster de escrever, se:
Lamento, mas é a mais pura verdade. Ninguém levará a sério um autor que escreva “quizer”, por melhor que sejam as suas idéias. Aliás, os erros de escrita chamarão tanto atenção que ninguém saberá que ele possui boas idéias. E quando falo em domínio da linguagem escrita, falo de coisas básicas como erros gramaticais até a construção de frases com pontuação correta e parágrafos com uma linha de raciocínio. Como se não bastasse o conteúdo parar em sites com pérolas da internet, o autor tornará ridículo justamente o que procurava defender.
Por melhor que seja um site, um grande autor ou um livro, ele não pode ser a única fonte de inspiração. No máximo, pode render uma crítica ou alguns textos. E, mesmo nesse caso, talvez seja mais interessante indicá-lo do que escrever sobre. Quem baseia suas opiniões numa única fonte não tem muito a dizer, só está repassando; dependendo da maneira como esse repasse é feito, fica muito próximo do plágio. Sendo a fonte primária tão boa, não é preciso que mais alguém diga a mesma coisa.
É complicado escrever algo sobre a qual apenas se ouviu dizer. O risco de dizer alguma bobagem é muito grande. Por mais que uma opinião pareça correta e óbvia, por mais que a lógica pareça apontar numa direção, ter uma experiência com o assunto sempre é melhor. O contato elimina intermediários, interfere na própria maneira como somos, gera impressões que não estão nos livros. Por isso, nada supera a experiência pessoal. Se o que você tem a dizer é emprestado do que outras pessoas viveram, elas são as melhores fontes de conhecimento.
Por outro lado, mesmo experiências pessoais têm data de validade. Ter tido contato com um assunto não o torna apto a falar dele durante toda a sua vida. Desde então, novas abordagens podem ter sido descobertas, as relações podem ter mudado; se muita coisa mudou, é como se fosse um assunto novo, praticamente desconhecido.Verifique se o que você ainda tem a dizer já não mudou a ponto de não ser mais usável. O que é passado pra você é o presente de outros – talvez eles tenham mais a dizer.
segunda-feira, 19 de março de 2012
RESUMINDO!!!
Muitas pessoas confundem resumo com análise
Ao escrever um resumo, o autor precisa deixar muitas informações de lado porque um resumo não precisa explicar tudo. O obra terá uma sequencia de acontecimentos, descrições de personagens, exemplos ou desenrolar de raciocínio que não necessariamente farão falta na descrição. O resumo não substitui a obra, as informações detalhadas estão nelas e não precisam ser repetidas. Ele apenas cria um interesse. Ter contato apenas com o resumo pode deixar as coisas um pouco vagas, mas esse não é um problema. Quem quiser entender em profundidade precisará (e buscará) o original.
ALMA DE ARTISTA
O processo de criação de um artista costuma despertar grande curiosidade por parte dos que admiram o seu trabalho.
Fãs adoram esquadrinhar a vida de seus autores prediletos para entender de onde vêm aquelas maravilhas que significam tanto para eles.
Gênios tem seus cérebros medidos e dissecados, seus originais publicados, seus rascunhos emoldurados, suas referências revisitadas.
Queremos saber o que é criar parar um artista. Como cria um gênio? Acreditamos que, ao descobrir seus métodos, poderemos ser iguais a eles.
Isso fez com que grandes pensadores se dedicassem a esse tema.
Skinner, um importante psicólogo e pesquisador americano, compara o processo de criação de um poema a uma mãe dando a luz em sua palestra “Having a Poem” (cujo título pode ser traduzido como “concebendo um poema”). Destaco uma das conclusões do texto acerca do comportamento que consideramos original:
Felizmente alguns autores nos descreveram os seus processos de criação. Drummond, por exemplo, falou sobre a necessidade de ter paciência em seu poema A Procura da Poesia.
O processo de criação envolve uma série de fatores ainda não completamente descritos.
Seu conhecimento talvez possa trazer benefícios a produção artística humana.
O que você acha?
Quais são os caminhos da sua própria criação?
Fãs adoram esquadrinhar a vida de seus autores prediletos para entender de onde vêm aquelas maravilhas que significam tanto para eles.
Gênios tem seus cérebros medidos e dissecados, seus originais publicados, seus rascunhos emoldurados, suas referências revisitadas.
Queremos saber o que é criar parar um artista. Como cria um gênio? Acreditamos que, ao descobrir seus métodos, poderemos ser iguais a eles.
Isso fez com que grandes pensadores se dedicassem a esse tema.
Skinner, um importante psicólogo e pesquisador americano, compara o processo de criação de um poema a uma mãe dando a luz em sua palestra “Having a Poem” (cujo título pode ser traduzido como “concebendo um poema”). Destaco uma das conclusões do texto acerca do comportamento que consideramos original:
Por meio da análise das histórias genéticas e individuais responsáveis pelo nosso comportamento, poderemos aprender como podemos ser mais originais. Isso não consiste em pensar em novas formas de comportamento, mas em como criar um ambiente em que estas novas formas sejam mais prováveis de acontecer. (tradução livre)É por isso que queremos saber como um poeta cria. Mais do que admirar a genialidade de um autor, o que torna interessante o processo de criação é poder recriar esse ambiente em que o comportamento genial ocorre. Nas palavras de Skinner:
Nós podemos construir um mundo em que cada homem e cada mulher poderá ser um poeta melhor, um melhor artista, um melhor compositor, um melhor romancista, um melhor estudioso, um bom cientista – em uma palavra, pessoas melhores. Assim, poderemos em pouco tempo ter um mundo melhor.Skinner foi taxado de utópico porque acreditava que o mundo poderia ser melhor com ajuda de um profundo conhecimento do comportamento humano produzido por uma ciência do comportamento. E esses estudos incluíam as atividades artísticas e criatiavas.
Felizmente alguns autores nos descreveram os seus processos de criação. Drummond, por exemplo, falou sobre a necessidade de ter paciência em seu poema A Procura da Poesia.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Fernando Sabino, no livro O Tabuleiro de Damas, nos brinda com a descrição de um dos princípios que norteiam o seu trabalho.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Acredito que escrever seja, basicamente, cortar. Cortar o supérfluo. Eliminar repetições, ecos, rimas, cacófatos, redundâncias, lugares-comuns. Mas principalmente o excesso: como diz Otto (ou Unamuno, não me lembro), é preciso não duvidar da inteligência do leitor. (…)Benett, no post Um Monte de Idéias, fala da quantidade de rascunhos que muitas vezes são necessários para que ele consiga desenhar e escrever uma única charge. O post é ilustrado com alguns dos seus rascunhos.
O processo de criação envolve uma série de fatores ainda não completamente descritos.
Seu conhecimento talvez possa trazer benefícios a produção artística humana.
O que você acha?
Quais são os caminhos da sua própria criação?
ESCREVER NO OCULTO
Então, um dia comecei a escrever, sem saber que estava me escravizando para o resto da vida a um senhor nobre, mas impiedoso. Quando Deus nos dá um dom, também dá um chicote – e esse chicote se destina exclusivamente à nossa autoflagelação.Quem ama escrever não precisa ser incitado a escrever, reescrever, criticar e corrigir. Isso se faz sozinho.
domingo, 18 de março de 2012
Download de livros:" MAIS DE 2000 OBRAS"
Download de livros: 2.000 obras
Estou disponibilizando livros para baixar grátis , originários do portal Domínio Público.
Aquele site, do Governo Federal, fornece diversos livros que já estão com direitos autorais liberados.
Aos poucos, estou passando os livros para o Livros e Afins.
Assim, mesmo que o Domínio Público deixe de existir, você terá uma outra opção para baixar os livros.
Eles estão por ordem de maior procura: os mais populares primeiro e os menos populares por último.
Portanto, para procurar POR ORDEM ALFABÉTICA vá até o site Domínio Público.
Como ainda não transferi todos os livros, no final da lista há um link para a fonte, onde você pode encontrar o restante das obras disponíveis.

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Aos poucos, estou passando os livros para o Livros e Afins.
Assim, mesmo que o Domínio Público deixe de existir, você terá uma outra opção para baixar os livros.
Eles estão por ordem de maior procura: os mais populares primeiro e os menos populares por último.
Portanto, para procurar POR ORDEM ALFABÉTICA vá até o site Domínio Público.
Como ainda não transferi todos os livros, no final da lista há um link para a fonte, onde você pode encontrar o restante das obras disponíveis.
- A Divina Comédia - Dante Alighieri
- Poemas de Fernando Pessoa - Fernando Pessoa
- Mensagem - Fernando Pessoa
- Dom Casmurro - Machado de Assis
- Poesias Inéditas - Fernando Pessoa
- A Cartomante - Machado de Assis
- Cancioneiro - Fernando Pessoa
- Do Livro do Desassossego - Fernando Pessoa
- A Carteira - Machado de Assis
- O Pastor Amoroso – Fernando Pessoa
- A Igreja do Diabo – Machado de Assis
- Os Lusíadas – Luís de Camões
- A Carta – Pero Vaz de Caminha
- O Guardador de Rebanhos – Fernando Pessoa
- Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
- A Metamorfose - Franz Kafka
- Este mundo da injustiça globalizada - José Saramago
- Americanas - Machado de Assis
- A Cidade e as Serras - José Maria Eça de Queirós
- A Mão e a Luva - Machado de Assis
- A Volta ao Mundo em 80 Dias - Júlio Verne
- O Alienista - Machado de Assis
- A Esfinge sem Segredo - Oscar Wilde
- Poemas Inconjuntos - Fernando Pessoa
- Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
- Poemas de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa
- O Banqueiro Anarquista - Fernando Pessoa
- Arte Poética - Aristóteles
- A Causa Secreta - Machado de Assis
- A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo
- Iracema - José de Alencar
- Édipo-Rei - Sófocles
- Os Sertões - Euclides da Cunha
- O Cortiço - Aluísio Azevedo
- Senhora - José de Alencar
- A Ela - Machado de Assis
- Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público - Fundação Biblioteca Nacional
- Poemas em Inglês - Fernando Pessoa
- Poemas Selecionados - Florbela Espanca
- Os Maias - José Maria Eça de Queirós
- Dom Casmurro - Machado de Assis
- Poemas de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa
- Fausto - Johann Wolfgang von Goethe
- A Alma Encantadora das Ruas - João do Rio
- A Igreja do Diabo - Machado de Assis
- Utopia - Thomas Morus
- Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
- Adão e Eva - Machado de Assis
- Poemas de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa
- Canção do Exílio - Antônio Gonçalves Dias
- O Guarani - José de Alencar
- A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães
- Pai Contra Mãe - Machado de Assis
- Iracema - José de Alencar
- A Dama das Camélias - Alexandre Dumas
- Poemas de Ricardo Reis - Fernando Pessoa
- Don Quixote. Vol. 1 - Miguel de Cervantes Saavedra
- Eu - Augusto dos Anjos
- O Primo Basílio - José Maria Eça de Queirós
- Sonetos - Luís Vaz de Camões
- A Pianista - Machado de Assis
- O Espelho - Machado de Assis
- Eu e Outras Poesias - Augusto dos Anjos
- Alma inquieta - Olavo Bilac
- Quincas Borba - Machado de Assis
- Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
- O Crime do Padre Amaro - José Maria Eça de Queirós
- Primeiro Fausto - Fernando Pessoa
- A Chinela Turca - Machado de Assis
- Poemas de Ricardo Reis - Fernando Pessoa
- Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
- Os Lusíadas - Luís Vaz de Camões
- Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
- O que é o Casamento? - José de Alencar
- A Mulher de Preto - Machado de Assis
- A Vida Eterna - Machado de Assis
- Esaú e Jacó - Machado de Assis
- Os Maias - José Maria Eça de Queirós
- O Navio Negreiro - Antônio Frederico de Castro Alves
- Contos Fluminenses - Machado de Assis
- A Segunda Vida - Machado de Assis
- Cartas D’Amor - José Maria Eça de Queirós
- A Mensageira das Violetas - Florbela Espanca
- A Herança - Machado de Assis
- Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
- Os Sertões - Euclides da Cunha
- Helena - Machado de Assis
- As Vítimas-Algozes - Joaquim Manuel de Macedo
- O Cortiço - Aluísio Azevedo
- As Primaveras - Casimiro de Abreu
- O Livro da Lei - Aleister Crowley
- A chave - Machado de Assis
- Adão e Eva - Machado de Assis
COMO CRIAR ESTILOS
Eu encaro o estilo de maneira diferente. Acho que o estilo é aquilo que o artista é; quem a gente é não muda com facilidade. Em todas as atividades, fazendo coisas diferentes e experimentando coisas diferentes, existirá sempre a sua maneira única de ver as coisas e comunicá-las. Sendo assim, não acho que seja preciso escolher um estilo. Acho que o estilo aparece sozinho, é aquilo que a pessoa não consegue evitar porque é ela mesma . Por isso, ao invés de limitar suas escolhas em nome de um estilo, acredito que o artista deve tentar o máximo possível em termos de técnicas, temas, formas e experiências. Isso enriquecerá sua produção e lhe dará um estilo mais amplo.
Não se limite. Ser um ser humano já é limite o suficiente. (A.D)
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Como um criador que tem orgulho da sua criatura, não é incomum que uma pessoa acabe realmente publicando o que a princípio não era para ser lido. Pessoas que copiam e colam suas conversas de MSN, trazem textos antigos à tona, publicam e-mails. Às vezes dá certo, outras vezes não.
O meio em que escrevemos e o leitor que temos em mente na hora que escrevemos determina o conteúdo da nossa escrita. Sempre, inevitavelmente.
Os meios por terem limites de caracteres, por terem uma forma própria de diagramação, a possibilidade de “curtir”, um tempo longo ou curto até ser recebido, a privacidade de ser lido apenas uma pessoa ou por várias.
Em chats, usamos frases curtas e rápidas, para não perder o fio da conversa, enquanto em posts há a possibilidade de corrigir infinitamente antes de deixar os outros verem.
Misturar esses meios é misturar referências, e nem sempre isso rende um bom texto. Piadas, conversas ou tiradas geniais entre amigos podem ser muito interessantes entre eles, mas não me interessam. Um texto, para merecer ser chamado de texto, precisa ter início, meio e fim. Ele precisa conter uma idéia e ter o mínimo de acessibilidade.
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