domingo, 18 de março de 2012

COMO CRIAR ESTILOS


Como diria aquela piada, estilo é como braço: alguns tem e outros não tem. O estilo é aquilo que faz com que você reconheça o autor, ou diga que se parece com um autor, mesmo sem saber quem é a pessoa por detrás. Conseguir ter um estilo, num mundo onde existem tantas opções, já é um mérito. Você pode não gostar de uma obra e mesmo assim reconhecer o estilo do artista. Feio ou bonito, um Picasso é reconhecido até por quem não gosta dos seus quadros.
Por ser tão importante, o estilo costuma ser uma busca. Logo de início o escritor – ou o músico, o pintor, o escultor, o bailarino, o chef de cozinha, etc – pode ver que tem facilidade em alguma coisa e determinar que aquele é seu estilo. E a partir daí, querer fazer tudo sempre na mesma direção e ter receio de mudar, com medo de não ser mais reconhecido pelo seu público ou que isso seria uma traição ao que ele faz. É uma maneira de ver as coisas.
Eu encaro o estilo de maneira diferente. Acho que o estilo é aquilo que o artista é; quem a gente é não muda com facilidade. Em todas as atividades, fazendo coisas diferentes e experimentando coisas diferentes, existirá sempre a sua maneira única de ver as coisas e comunicá-las. Sendo assim, não acho que seja preciso escolher um estilo. Acho que o estilo aparece sozinho, é aquilo que a pessoa não consegue evitar porque é ela mesma . Por isso, ao invés de limitar suas escolhas em nome de um estilo, acredito que o artista deve tentar o máximo possível em termos de técnicas, temas, formas e experiências. Isso enriquecerá sua produção e lhe dará um estilo mais amplo.
Não se limite. Ser um ser humano já é limite o suficiente.                                       (A.D)

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